segunda-feira, 19 de março de 2012

CONCURSOS PÚBLICOS E PROCRASTINAÇÃO: COMO EVITAR?

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Seguramente muitos candidatos que estão se preparando para concursos públicos são vítimas da procrastinação. Alguns contam com consciência do problema e outros não. Porém, mesmo aqueles que sabem quando estão procrastinando, geralmente não fazem idéia, de forma precisa, do tamanho do prejuízo que sofrem, considerando a meta de criar condições para a aprovação por meio dos estudos.
O tema da procrastinação é objeto de diversas pesquisas e construções, principalmente no âmbito das ciências voltadas à gestão. Trata-se de fenômeno que pode afetar e comprometer vários campos da ação humana, principalmente nos ambientes profissionais, não se limitando, portanto, ao comprometimento de resultados para os candidatos a concursos públicos.


A palavra procrastinação vem do latim pro, que significa para, e cras, que significa amanhã. Existe uma construção denominada Lei de Parkinson ou Lei da Procrastinação, criada na década de 50 pelo economista Northcote Parkinson, envolvendo a idéia de que uma atividade tende a se expandir na medida em que se disponibiliza tempo a ela, exatamente em função da tendência à adoção de atitudes procrastinatórias.
Vale lembrar que o tempo consiste num dos recursos mais valiosos para o candidato a concursos públicos.


Mas diante desta compreensão, a pergunta que se coloca é: e como não cair na perigosa e prejudicial armadilha da procrastinação?


Para tanto, é importante raciocinar e ter atenção em três perspectivas, quais sejam, a tomada de consciência, a avaliação das causas e as atitudes para evitar comportamentos procrastinatórios.
Assim, primeiramente, como em relação a vários outros aspectos do processo de preparação para concursos públicos, é preciso tomar consciência. Muitos candidatos não fazem idéia de que por vezes estão adotando atitudes que configuram procrastinação. Neste sentido, é preciso que se saiba e tenha consciência de quando não está sendo cumprido o que deveria, em termos de estudos, caracterizando atitudes procrastinatórias.


É preciso que você saiba identificar situações como esta e dizer para si mesmo: "não estudei o que gostaria e/ou deveria, pois procrastinei".


Além da tomada de consciência é preciso identificar quais fatores contribuíram ou determinaram este comportamento. Ou seja, é preciso contar com a resposta à seguinte pergunta: por que não estudei o que gostaria e/ou deveria em determinado dia?. Quais fatores foram determinantes? A falta de atitude para se deslocar ao local de estudo? A falta de uma definição prévia do que deveria estudar? A falta de alguma meta mensurada de estudo para aquele dia? O fato de ter tomado atitudes não previstas e desnecessárias? Um telefonema que recebi, tendo me empolgado com a conversa, a qual durou mais do que deveria? Ter ligado o computador, aberto o navegador e navegado pela internet, por onde não precisaria navegar?


Enfim, a pergunta é: por que procrastinei?


Mas além da tomada de consciência e da identificação das causas, as quais devem ser trabalhadas para a devida neutralização, existem outras atitudes que devem ser adotadas.
Vale lembrar que a procrastinação guarda uma íntima relação com a indisciplina. Portanto, combater a procrastinação significa buscar disciplina.
Neste sentido, uma primeira iniciativa importante consiste na estruturação de um adequado plano de estudos, o que já foi objeto de diversos textos aqui nesta Coluna do Correioweb.
Em tal planejamento é preciso contar, previamente, por exemplo, com a definição precisa do que e onde estudar a cada dia. A indefinição do local para aonde o candidato deve se deslocar, já pode ser um fator de procrastinação. O mesmo se diga quanto ao o que estudar.


Também é importante que o candidato conte com metas, principalmente metas de curto prazo, não apenas para que não fique perdido, mas tenha um objetivo a ser alçando a cada dia ou semana. Inclusive para comparar com o executado.


Não por acaso, e para contribuir neste sentido, desenvolvi uma metodologia de planejamento de estudos, estruturada a partir de uma base conceitual própria, que tem como uma das finalidades exatamente o estabelecimento de metas de curto prazo. Tal método é executado por meio de um aplicativo denominado Sistema Tuctor.


Mas qualquer candidato pode e deve estabelecer suas próprias metas, também devendo contar com seu próprio planejamento de estudos.
O fundamental é ter a devida atenção e evitar cair na perigosa e prejudicial armadilha da procrastinação. Pois não sendo evitada, o acerto de contas tende a ocorrer no momento da prova.
Porém, aí pode ser tarde demais.


Bom estudo, sem procrastinação!

 

Por : Rogerio Neiva

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